maio 13, 2012

Da BR-364 a Quetzalcóatl: um olhar histórico.




Imaginem que você é um produtor rural. Imaginem, como pediu o professor de forragicultura, que vc é o Fred, o ‘bam-bam-bam’ dos ‘bambis’ fluminenses. Imaginou? Então, o novo código florestal tem um ‘pepino’ nas mãos: como conciliar os ‘eco-chatos’ e os ruralistas-capitalistas, dois grupos de interesses tão díspares!

Um grande amigo, que a UFAC logo vai conhecer, professor de história e participante do projeto de pesquisa que estuda ‘os povos pré-colombianos’ na região AMAZÔNICA, tenta abordar a questão. Vou disponibilizar excertos fantásticos do texto e, para os cinéfalos de plantão, o link de um filme que aborda o tema.

Como historiador, vejo meu coração sangrar, sempre que vejos as fotos publicadas no meu perfil, quando do início deste projeto, ainda no Orkut, em 2010, que mostram a BR-364 rasgando um patrimônio histórico e cultural do Acre. Mas, meu lado ‘artista’, sempre me lembra, como na célebre canção, que ‘o novo sempre vem’.

Um ‘grande amigo’, chamado Lenine, levou-me para visitar silvícolas, muito bem. Ele só esqueceu de me dizer que pela manhã chegaria uma Senhora muito mal educada, tratando os ‘thai’ (irmãos) de uma forma não apenas desrespeitosa, mas autoritária. O cacique não sabia onde esconder a cara depois daquela noite cheia de acontecimentos, no mínimo, insólitos (quem estava lá lembra, não é Mardilson – Hist?). E, sem esquecer, a forma como 'vcs' se referem a eles: 'jaminóias' (lindo!).
“Em 1887 o Cel. Labre, explorador e fundador da cidade de Labrea, partiu a pé da margem esquerda do rio Madre de Dios, acima de onde está situada a atual cidade de Riberalta na Bolívia, iniciando assim, sua jornada pelos antigos varadouros indígenas em direção a margem direita do rio Acre, região esta, que ainda não pertencia ao Brasil. Em seu relato o Cel. Labre (uma cidade do amazonas, leva seu nome: lábrea) descreve aldeias, templos e jardins em formato circular, bem como, ídolos de madeira e pedra em formatos geométricos (RANZI 2010)”.
Bom, para quem não tem paciência para ler as mais de 21 páginas do trabalho, tentarei resumi-lo, como manda a internet: ‘fulgurem a imagem de um silvícola, bicho solto, como retratado em diversas obras da literatura, como O Guarani. Agora pensem que tudo que sabemos sobre os índios, na verdade sempre foi uma grande mentira. Imaginem que eles possuíam cidades COMPLEXAS, estradas PAVIMENTADAS e demarcadas que ligavam toda a ‘tribo’. Imaginem agora que essa história está se perdendo sem que ao menos tenhamos a chance de conhecê-la. Imaginem a Estrada BR-364, agora imaginem a Estrada Quetzalcóatl, uma das maiores daquela época. Agora, por fim, não imaginem mais nada. Reflitam.

(link para o excerto do trabalho: https://www.facebook.com/SemVoz )

(link para o álbum de 2010 no orkut, quando o trabalho começou: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?gwt=1&uid=8900147550516690153&aid=1206962977&pid=1207681598723 como o link do orkut tava meio lento, adiconei no facebook https://www.facebook.com/media/set/?set=a.358747994187697.87051.100001574992824&type=1

Link para download do torrent (necessita do programa utorrent) do filme de Herzog, Aguirre, A Cólera de Deus, sobre uma expedição espanhola aqui na amazônia, amplamente documentada. http://thepiratebay.se/torrent/3831958


                                  Br-364 engolindo um Geoglifo