"O que o pai calou aparece na boca do filho, e MUITAS VEZES descobri que o FILHO era o SEGREDO revelado do PAI."

junho 23, 2012
Soneto de Expiação
Amei-a qual um doidivanas vive sua loucura:
Erigindo em cada ato inconsequente
Sua inexpugnável clausura
À beira do abismo, rente,
A veleidade faz arfar.
Devo ou não saltar?
Absorto neste enredo fantástico,
Vertiginoso por excelência,
Eis-me aqui, pobre de mim, na tua ausência
Metamorfoseado num reles lunático,
Idealizando amiúde a pureza
Que a voraz verdade vilipendiou.
Somente a vil humana natureza
Transborda qual perfídia, qual torpor!
Fz!