Verdade:
'Tu me amas'?
Meu bb, eu te amo de um amor, calmo, prestante, não foi assim que perorou Víncius. Mas só 'presto' para aquilo em que acredito, meu anjo, que é este amor por Mnemósine.
Verdade:
- Quem é esta que deita contigo quando estou longe?!
É Mnemósine fantasiada de... de Afrotite. Entregando-me aquilo que possue de mais CARO, sua 'coroa'.
- Mas de quantas coroas é feita tua volúpia por mim? argui a Verdade.
Minha querida, de tantas forem necessárias à rusticidade que em mim se abate quando vejo -as, escondidas sob uma 'beleza sublime'.
- Todas elas?
Todas, meu amor, em todos os olhos, de Mnemósine, de Afrotite, de Era, ah, eu até quisera, por mais de uma vez, os olhos fechar, mas não pude; sua inexpugnável bellitia sempre a me escrutar.
- Odeio-te por isso, diz a Verdade.
E me odeie muito, pois é justamente naquilo que odeio em ti, que de ti me aproximo. Veja, odeio quando tu finges, diz que não 'se importa', como um cristo bíblico que dissesse: 'a verdade de deus é absoluta e imutável'. Ah, minha donzela infame, diga teu nome!
Dizem os 'racionais', 'putz, esqueci o telefone...' Não, não, tua complexidade é o que te faz simples, não vês?
- E porque procuras 'todas' elas, não te basto? Lúgubre, pergunta a verdade.
Nunca. nunca me bastarei de ti, mas um dia esquecer-t'ei e tu me odiarás mais ainda, pois lembrarás daquele tempo em fui pra sempre teu. Quando tu fostes meu norte, meu 'alfa e meu ômega'.
E assim termina o diálogo, peroando, me calo: No fim, restamos eu, uma páginA em branco, umA verdade incautA, e você, amiúde você, para sempre você... A³ você...