junho 15, 2012

Incauta Verdade

Eis que aquela que 'tudo aceita' vira para mim. Seu olhar fugidio, algo me diz. "Deita em mim,  deita comigo uma verdade inexorável", 'bem daquelas que não cede a rogo...'. Viro-me, e de solaio perscruto uma verdade. 'Conversemos tu, eu e elas...', digo-lhe ao passo que meu peito rebenta de um pulsar tão forte que mesmo ao diafraga é difícil suportar.

Verdade:
'Tu me amas'?

Meu bb, eu te amo de um amor, calmo, prestante, não foi assim que perorou Víncius. Mas só 'presto' para aquilo em que acredito, meu anjo, que é este amor por Mnemósine.
Verdade:

- Quem é esta que deita contigo quando estou longe?!

É Mnemósine fantasiada de... de Afrotite. Entregando-me aquilo que possue de mais CARO, sua 'coroa'.
 - Mas de quantas coroas é feita tua volúpia por mim? argui a Verdade.
Minha querida, de tantas forem necessárias à rusticidade que em mim se abate quando vejo -as, escondidas sob uma 'beleza sublime'.

- Todas elas?

Todas, meu amor, em todos os olhos, de Mnemósine, de Afrotite, de Era, ah, eu até quisera, por mais de uma vez, os olhos fechar, mas não pude; sua inexpugnável bellitia sempre a me escrutar.

- Odeio-te por isso, diz a Verdade.

E me odeie muito, pois é justamente naquilo que odeio em ti, que de ti me aproximo. Veja, odeio quando tu finges, diz que não 'se importa', como um cristo bíblico que dissesse: 'a verdade de deus é absoluta e imutável'. Ah, minha donzela infame, diga teu nome!

Dizem os 'racionais', 'putz, esqueci o telefone...' Não, não, tua complexidade é o que te faz simples, não vês?

- E porque procuras 'todas' elas, não te basto? Lúgubre, pergunta a verdade.

Nunca. nunca me bastarei de ti, mas um dia esquecer-t'ei e tu me odiarás mais ainda, pois lembrarás daquele tempo em fui pra sempre teu. Quando tu fostes meu norte, meu 'alfa e meu ômega'.

E assim termina o diálogo, peroando, me calo: No fim, restamos eu, uma páginA em branco, umA verdade incautA, e você, amiúde você, para sempre você... A³ você...