O ‘butequinho’
A professora Andrea, de ecologia,
durante uma aula comentou: ‘Quer alguém para calcular, chama um matemático
(...), quer alguém para pensar, chama um historiador’. Eu adicionaria à assertiva
a classe dos filósofos. Não é sem motivo, pois durante a graduação somos ‘treinados’
a pensar ‘criticamente’. Um cem número de professores pediam que fizéssemos
isto: pensar de forma crítica. Então, em meados do ano passado, quando da
ebulição da luta pelo poder no DCE, observando, criticamente, toda a labuta
desenfreada por coordenadoria-geral, cargos, indicações, e tudo o mais que
cerca o circo político amiúde, ocorreu-me uma idéia.
Comentei com o colega Maik à época que: ‘podem até se engalfinhar pelo DCE, mas fui o primeiro a pensar numa SEDE’. Esta idéia surgiu durante a primeira vez que realmente me envolvi no movimento estudantil, e tudo o que observei, nos bastidores, foi a mesquinhez atrelada ao jogo político estudantil na ufac. Vamos aos fatos. Francineudo conseguiu sua indicação para ser candidato a deputado (obteve aproximadamente 700 votos). O fatídico escândalo dos ‘brindes’ pré-eleição do PT. O voto de quase 2000 alunos ignorado nas urnas.
E nem me venha com esta de quórum, que não ROLA! Eleição na UFAC já foi validada com menos votos. Mas é aquela, quando o PT não quer, fica realmente difícil fazer alguma coisa. E tudo ocorre em torno de um butequinho, SEDE do PODER POLÍTICO ESTUDANTIL, onde você chega, pede a ‘bebida’, paga, e vai embora antes das 11.
Deixo, agora o historiador falar por mim: No dia 25 de março de 1964, por meio do Decreto Estadual n.º 187, nasceu aquilo que seria conhecido como UFAC. E o que nestes quase 50 anos de história restou à classe estudantil, foi o afamado ‘butequinho’ (e tá diminuindo, pois no meu tempo de calouro era MAIOR). Lugar onde não podemos realizar nosso COESU, não podemos ter NOSSO ACERVO, ou seja, somos SEM VOZ (partindo do pressuposto que qualquer um que saiba usar a INTERNET está CARECA de saber que a chapa do PT ‘TODAS AS VOZES’ nada mais foi do que PLÁGIO do slogan da atual gestão do DCE-USP).
